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Metro do Porto

A discussão na definição da nova linha do Porto na zona Oeste da cidade fez correr muita tinta. A linha do Campo Alegre parece ter ganho a discussão e surge como projecto definitivo com prazo de conclusão em 2014.

O argumento vencedor foi o facto desta linha cruzar algumas zonas mais desfavorecidas como a Pasteleira e o Aleixo.

Estaria de acordo senão fosse também notícia, o anúncio das linhas Campanhã-Gondomar-Valbom para 2018, Vila D’Este (Gaia) em 2022 e para uma expansão futura da extensão da linha A através de Rio Tinto, a ligação à Trofa e a ligação à Maia através de Águas Santas.

Ao reflectirmos sobre números reais verificamos que a linha do Campo Alegre irá servir directamente 34000-41000 pessoas (Foz do Douro, Lordelo e Massarelos).  Se a opção fosse a construção das linhas que ligassem a cidade aos concelhos suburbanos , então este número dispararia até quase meio milhão de pessoas. Além disso, o custo de construção por km é em média muito mais baixo neste tipo de ligações, uma vez que o trajecto é à superfície e os custos de expropriações são menores.

Penso também que é de uma enorme irresponsabilidade deixar a ligação à Trofa sem prazo definido, uma vez que os trofenses abdicaram da ligação de comboio ao Porto para serem servidos pelo metro. Até bem à pouco tempo, a discussão em torno desta linha era se seria dupla ou simples… Afinal, as “ligações provisórias de autocarro” tornar-se-ão definitivas.

Não tenho qualquer dúvida que o fluxo dentro da cidade é importante mas também tenho a certeza que grande parte das populações dos concelhos limítrofes desloca-se diariamente para o Porto. Sabendo que este fluxo de automóveis para o centro tem que ser restringido, começa-se a falar da possibilidade de impor portagens no acesso à cidade. Ora, faz muito mais sentido desenvolver alternativas viáveis de transportes públicos que melhorem de facto a qualidade de vida de toda a zona metropolitana do porto do que correr atrás de medidas fáceis (ou receitas fáceis) que limitam a liberdade de circulação e pesam ainda mais no orçamento familiar.

[Tiago Melim]

A propósito de Miguel Bombarda…

Os portugueses estão habituados a uma dinâmica cultural “de origem estatal” (muitas vezes, estatizante) ou a uma dinâmica institucional. Ora todas essas iniciativas morrem quando chocam com a passividade dos nossos cidadãos.

Assim, a rentabilização de um projecto cultural é nula e os orçamentos culturais parecem sempre exagerados perante o impacto que terão nas comunidades.

Quando se criam condições para que os próprios cidadãos possam desenvolver os seus projectos, incentiva-se a criatividade individual (adormecida), o empreendedorismo, a pluralidade cultural e a liberdade individual. Os projectos são muito mais atractivos pela sua autenticidade e os protagonistas estão altamente motivados com as suas próprias ideias. A dinâmica já não surge de “cima” mas do conjunto de pessoas que lutam em conjunto para criar um mercado de arte e competem entre si para se posicionarem na vanguarda.

A cultura deixa se ser um peso morto no orçamento autárquico transformando-se num vector de requalificação e dinamização da cidade.

Não se pode atribuir a autoria do sucesso Miguel Bombarda à Câmara porque sem as galeristas seria um fracasso e vice-versa. Ambos estão a mostrar uma excelente prestação.

Socializar e estatizar a cultura é impedir que esta seja um motor de mudança e transformação da sociedade.

[Tiago Melim]


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